terça-feira, 27 de agosto de 2013

Resenha: Resposta Certa 6#

Título: Resposta Certa
Autor: David Nicholls
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 352 
Minha avaliação: 
Sinopse: O ano é 1985. Brian Jackson, com uma bolsa de estudos e ótimas notas, acaba de entrar para a universidade. E parece que finalmente conseguirá realizar um antigo sonho: aparecer em um popular programa de perguntas e respostas na televisão, no qual poderá demonstrar todo o seu repertório de cultura geral. Após entrar para a equipe da faculdade e passar pela fase classificatória, Brian se prepara para seu primeiro embate televisivo, ao mesmo tempo em que se vê apaixonado por uma de suas colegas de time: a linda, inteligente e assustadoramente elegante Alice Harbinson. Quando Alice se recusa a ceder aos encantos ligeiramente ansiosos de Brian, ele arma um plano infalível para conquistar o coração de sua amada de uma vez por todas. Vai ganhar o jogo. A qualquer custo. Afinal, todos sabem que o que uma mulher realmente procura em um homem é uma vasta gama de conhecimentos gerais...


    Hoje resenharei “Resposta Certa”. Livro escrito por David Nichols, autor este que se tornou aos meus olhos um dos melhores romancistas do ano de 2012. Digo mais, “Um dia” – o meu “livro de bolso”, em minha opinião como mera mortal e na especulação de nada mais e nada menos do que Harrit Evans o considerou – o consideramos – como provavelmente o melhor livro do ano de 2012. Mas não vamos falar de “Resposta Certa”? Vamos! No entanto, antes preciso fazer honra a este grande escritor, já que em alguns parágrafos irei discorrer sobre como foi difícil e decepcionante a leitura de “Resposta Certa”.

    Então, o livro conta a história de Brian Jackson, um jovem que perdeu o pai ainda na infância, um jovem completamente deslocado, um jovem com espinhas, um jovem com um boletim azul, um jovem pobre que consegue entrar em uma boa faculdade, para um curso de literatura inglesa – que ele se refere na maioria das vezes como “lit. ingl”. Até aqui, nada de original. Jovens deslocados existem aos montes, talvez até você que esteja lendo seja assim.

    Depois de entrar na faculdade, Brian se escreve no teste para a entrada em um concurso de televisão que busca identificar grandes talentos em conhecimento geral. Brian consegue entrar como participante deste concurso, através de um teste. Teste este o qual Brian passa todas, ou quase todas as respostas a Alice Harbison – jovem a qual Brian havia se apaixonado alguns páginas atrás e que claramente não depositava a mínima confiança para ele. Nada, necas, nenhuma. No meio de tudo isto, também conhece Rebecca Epstein, uma estudante de direito, simpatizante do lado esquerdista, que passou a salvar algumas páginas do livro no decorrer do enredo. Bom, o livro é basicamente isto. O universo do personagem principal vaga entre o desafio universitário e Alice Harbison, misturando-se com alguns toques de Rebecca.

    Eu poderia resumir o livro com um trecho utilizado por Dexter em “Um Dia”: “É como se todos estivessem tomando a mesma xícara de chá há umas duzentas páginas, e eu continuo esperando alguém puxar uma faca ou acontecer alguma invasão alienígena ou algo assim, mas isso não vai acontecer, vai?”. Não, Dexter, Não.


   O livro não é de todo modo ruim, é mal colocado. David Nicholls é David Nicholls. Talvez ele tenha errado na dosagem dos personagens, na forma cômica de descrever, nas poucas falas que deu a Spencer – melhor amigo de Brian, na desatenção (desatenção, digo, já que ela andou desaparecida em alguns momentos) perante Rebecca, em caracterizar de forma exacerbada Alice e em como Brian se tornou detestável. Ou talvez eu tenha errado. Errado em criar expectativas altas demais.

    Mas em quais pontos ele acertou? Gostei do esqueleto. Gostei da proposta do livro. Gostei em pensar como Brian, retirando e adicionando certas doses poderia se tornar. Gostei das músicas de página em página. Gostei especialmente das páginas 17, 70 e 110. Gostei de algumas frases que realmente me tocaram. Gostei do humor ácido de Rebecca. Gostei dos comentários inteligentes que Brian vez ou outra soltava. Gostei das perguntas de conhecimento geral no inicio de cada novo capítulo. Gostei de Martha Medeiros tê-lo elogiado. É prova de que o livro não é tão perdido assim. Talvez não fosse o meu momento, talvez o problema fosse eu.

    Fiquei sabendo e fiquei feliz por saber que “Resposta Certa” foi escrito anteriormente a “Um Dia”. Talvez tenha sido o tempo suficiente de amadurecimento do autor. Olha o tempo fazendo bem para a literatura. Viva ao tempo então. Querem conhecer o livro? Então, corram às livrarias.

4 comentários:

  1. Sua resenha está perfeita!
    Ainda não li nenhum livro do autor. Tenho uma birra eterna com ele.
    Mas tenho um amigo que sempre me indica esse livro, e nunca soube porque ele gostou tanto, já que a maioria das pessoas não gosta. hehehehe
    Vai entender!

    bjus
    terradecarol.blogspot.com

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  2. Eu sinceramente não gosto do narrativa de David Nicholls, depois de li Um Dia, nunca mais me interessei por nada que ele escreveu!


    Bjks

    Patty Santos - Blog Coração de Tinta
    http://coracaodetinta.blogspot.com.br/

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  3. Nunca li nenhum livro de David Nicholls e com certeza não vou ler esse. Mas quero muito ler #Um Dia.
    Beijo, Jessie*
    www.fofocas-literarias.blogspot.pt

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  4. Oi, tudo bom?
    Passando para deixar um comentário rsrs
    Fiquei com medo de ler esse livro depois da tua resenha .
    Não vou mais ler ele , valeu pela dica :)
    Beijos*-*
    Território das garotas
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com.br/

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